Desde o começo dos tempos o ser humano tem um fascínio quase que doentio pela violência. Já fizemos (e ainda fazemos) guerras, perseguição a pessoas que pensam de maneira diferente da nossa e foi apenas uma questão de tempo para adaptarmos toda essa nossa paixão para as mídias que o grande publico consome: Livros, cinema e, obviamente, games.
Quando pensamos em jogos antigos, sempre nos lembramos dos grandes clássicos: Pac-Man, Donkey Kong, Super Mario, Tetris, H.E.R.O. e etc. Porém, o que muita gente não se lembra, é que desde os primórdios dos videogames, já sabíamos muito bem fazer jogos polêmicos e que quase sempre iriam a ser alvos do politicamente correto.
No post de hoje, vamos relembrar 7 jogos que pouca gente conhece, mas que ajudaram a moldar a maneira como consumimos/toleramos violência nos videogames.
#1 – Death Race – Exidy, 1976 (Arcade)
Provavelmente o primeiro exemplo de como as pessoas podem, e devem, se incomodar com a violência nos games foi o arcade de 1976 Death Race, onde o jogador entra na pele de um piloto que deve atropelar o maior numero de goblins em determinado tempo.
#2 – Chiller – Exidy, 1986 (Arcade)
10 anos após chocar o mundo com o violento ‘Death Race‘, a Exidy se vê novamente no meio de uma polêmica, dessa vez com o bizarro game de arcade Chiller, jogo que nos coloca em um calabouço digno de filmes B para pensarmos nas melhores maneiras de torturar os pobres NPCs que não tem chance alguma contra a maldade do jogador. O jogo foi portado para o NES em uma versão não licenciada pela Nintendo (por motivos óbvios).
#3 – Go to Hell – Triple Six, 1985 (ZX Spectrum)
Já pensou se toda vez que mandamos alguém ir para o inferno essa pessoa realmente fosse parar lá? Pois é, em Go to Hell o jogador tem a missão de resgatar uma pessoa que ele havia mandado para o inferno. Durante a jornada, o jogador vê cenas bizarras que com certeza fazem jus ao inferno da maneira que conhecemos.
#4 – The Texas Chainsaw Massacre – Wizard Video Games, 1982 (Atari 2600)
Baseado no filme de 1972 O Massacre da Serra Elétrica, este obscuro jogo de Atari 2600 coloca o jogador no papel de Leatherface, que deve assassinar todos que passam pela sua frente para conseguir pontos.
#5 – 177 – Macadamia Soft, 1986 (PC-88, Sharp X1)
Os japoneses com certeza tem uma visão do mundo diferente do ocidente, e isso fica claro no jogo 177 (numero que na legislação japonesa proíbe estritamente a prática de estupro) em que o objetivo é perseguir uma garota que tenta fugir de você para no final realizar o ato que o jogo faz menção.
A ideia do jogo é de tanto mal gosto que ele nunca viu um lançamento no ocidente.
#6 – Thrill Kill – Paradox Development, 1998 (Playstation)
Thrill Kill é um jogo de luta em que o jogador enfrenta oponentes dentro de uma arena, e ficou conhecido como o ‘novo Mortal Kombat’. O controverso jogo de PS1 foi cancelado antes de mesmo de ser lançado, porém, já estava praticamente 100% desenvolvido e anos depois viu sua popularidade ao ser colocado na internet para quem quiser conferir.
#7 – Harvester – DigiFX Interactive, 1996 (PC)
Harvester é um jogo de PC lançado em uma época onde os games do gênero point-and-click estavam em alta e ele não fugiu a regra. Regado de violência, imagens chocantes, humor negro e tudo que pode ser considerado incorreto em nossa sociedade, o jogo serve como uma critica de seu designer: Gilbert P. Austin em relação a censura que estava atingindo o formato.
E você, qual o jogo retrô você considera mais violento?
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