Em 1993 a Pioneer se arriscou no mercado de videogames com o LaserActive, que além de rodar os jogos desenvolvidos para a plataforma, também conseguia rodar jogos de outros sistemas através de módulos (conhecidos como PACs) que eram vendidos separadamente e agregavam mais recursos ao aparelho.
Para entendermos um pouco melhor a história do aparelho é necessário conhecer um pouco de como era o mundo no inicio da década de 90: No campo de entretenimento doméstico ainda utilizávamos o VHS como principal mídia para filmes, o CD já começava a ganhar o mercado musical e nos videogames víamos a guerra entre a Sega e a Nintendo.
Vendo o grande sucesso que os games estavam obtendo com empresas com a Sega, Nintendo, NEC, etc e buscando popularizar o uso doméstico dos Laserdiscs, a Pioneer (empresa já conhecida e respeitada do ramo de tecnologia) resolveu entrar nesse mercado com um console que é no minimo curioso, pois ele utilizava como mídia o Laserdisc, avô do DVD que já estava a alguns anos no mercado e tinha o tamanho de um disco de vinil. Podia armazenar áudio/vídeo com qualidades superiores a de um VHS (padrão do mercado na época), tanto no campo de áudio quanto no campo de vídeo.
O Laserdisc não era estranho no mundo dos games, já que diversos jogos de arcade foram planejados com a tecnologia em mente (FMV), como os clássicos Dragon’s Lair, Road Avenger e Space Ace.
Lançado em 1993 nos EUA e Japão pelo absurdo preço de $970.00 / ¥89,800 o LaserActive era uma maquina extremamente parruda para a época, lia cd’s, Laserdiscs e através de módulos (obrigatórios para rodar os jogos de LaserActive e que custavam cerca de $600.00 cada) podia rodar jogos de Sega CD, MegaDrive/Genesis, Mega LD, PC-Engine, LD-ROM² e também contava com um módulo de karaokê (extremamente famoso no japão).
O grande trunfo do console também foi a sua ruína: a utilização do Laserdisc como mídia principal. O Laserdisc apesar de parecer uma fonte digital é majoritariamente analógico, por isso era um trabalho complexo desenvolver jogos para o sistema, uma vez que os desenvolvedores deveriam seguir a trilha conforme um filme.

Infelizmente o console foi descontinuado em 1996, deixando em sua biblioteca menos do que 30 jogos para a plataforma. A grande maioria deles foi relançada em outros consoles da época como o Sega CD, 3DO, Philips CD-I, etc que também tentavam emplacar jogos com FMV.
Dentro dos jogos exclusivos, podemos destacar:
Rocket Coaster (Taito, 1993)
Hi-Roller Battle (Pioneer, 1993)
Vajra (Data West, 1993)
Uma das coisas mais importantes que esse e outros consoles dos anos 90 nos ensinaram é que ainda não estávamos preparados para consoles com tanta tecnologia e promessas multimídia.

*Curiosidades: Os jogos desenvolvidos para o LaserActive não possuem trava de região e exigem apenas o modulo necessário para ser jogado (Sega PAC para Mega LD e NEC PAC para LD-ROM²).
Tanto o Sega PAC quanto o NEC PAC tinham uma qualidade de vídeo superior a dos seus consoles originais.
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