Drowned God: Conspiracy of the Ages é um título que talvez você nunca tenha ouvido falar, mas que definitivamente merece atenção. Este jogo de PC, desenvolvido pelo britânico Richard Horne, também conhecido como Harry Horse, imerge os jogadores em uma experiência única e misteriosa.
Lançado em 1996, o jogo começa no Bequest Globe, um ambiente enigmático onde uma voz enigmática sugere que você retornou de vidas passadas, iniciando uma jornada em busca de… bem, isso permanece incerto. O jogo brinca com a ideia de reencarnação e com o misticismo envolvendo o “Drowned God”.

À medida que avança, você explora vários “reinos”, cada um com suas peculiaridades e desafios. Estes reinos são repletos de imagens alucinatórias e terror corporal, onde máquinas incorporam partes vivas e cenários apocalípticos aguardam. A trilha sonora opressiva do jogo, que mistura instrumentos tradicionais com sintetizadores estridentes, estabelece um tom inquietante e indecifrável.

Os puzzles, embora não sejam particularmente imaginativos, servem mais como um meio para desvendar a mensagem do jogo. Drowned God parece menos interessado nos puzzles em si e mais no que eles revelam, seja através de um diálogo imaginário entre Einstein e Newton ou a eliminação de evidências do passar do tempo.

Mas o verdadeiro cerne do jogo é sua teoria da conspiração: a ideia de que alienígenas antigos criaram os humanos. A narrativa sugere que toda a mitologia mundial se origina da história desses alienígenas, perdida no mar com a civilização atlante. Essa narrativa é tecida com uma complexidade tal que mergulha o jogador em um labirinto de teorias da conspiração.

Drowned God é um jogo que desafia o jogador a aceitar sua lógica absurda e a mergulhar em um universo onde a verdade é tão flexível quanto a ficção. É uma experiência que questiona a realidade, incentivando os jogadores a questionar o que é falso e o que não é, em um mundo onde a conspiração é a norma.

No final, o que Drowned God realmente revela é a mentalidade sedutora que faria alguém acreditar em uma história tão complexa e interligada. Ele explora a ideia de que todas as culturas do mundo estão unidas em sua história alienígena, mas mais do que isso, investiga a própria natureza da crença e da conspiração.

Infelizmente, a vida de Horse terminou tragicamente em 2007, quando ele e sua esposa, que sofria de esclerose múltipla, foram encontrados mortos em circunstâncias chocantes e controversas. As informações detalhadas sobre seu falecimento revelam um desfecho sombrio e perturbador, contrastando fortemente com seu legado criativo.

Este trágico final de vida do criador adiciona uma camada de melancolia e mistério ao Drowned God, realçando o enigma e a complexidade tanto do jogo quanto de seu autor.
E você, já conhecia Drowned God: Conspiracy of the Ages? Pretende jogar?
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